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20 de outubro de 2015

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O que significa Aquicultura:
Aquicultura é o substantivo feminino que significa a ciência que estuda técnicas de cultivo e reprodução de peixes, algas, crustáceos ou moluscos. Também pode designar o tratamento de lagos ou rios para melhorar a atividade piscatória.
A aquicultura é responsável por cultivar organismos aquáticos em condições controladas, com iluminação e temperatura da água ideais para a criação da espécie em questão. Em muitas ocasiões a aquicultura ocorre em tanques.
Esta atividade pode ser desenvolvida em água doce (aquicultura continental), ou em água salgada, tendo neste caso a designação de maricultura.
Segundo dados da ONU, em apenas 36 anos (de 1970 até 2006) a aquicultura teve um enorme aumento no fornecimento do pescado consumido, passando de 3,9% para 47%.
Existem vários tipos de aquicultura:
Piscicultura (criação de peixes, em água doce e marinha);
Malacocultura (criação de moluscos como caramujos e vieiras, a criação de mexilhões é conhecida como mitilicultura e a de ostras como ostreicultura);
Algicultura (produção de algas);
Carcinicultura (criação de crustáceos como camarões e caranguejos);
Criação de jacarés;
Ranicultura (criação de rãs);
Aquicultura e pesca
A aquicultura está relacionada com a pesca, porque ambas as atividades remetem para a obtenção de um produto para consumo ou para ser usado na processo de criação de outro produto.
A diferença entre os dois é que o conceito de pesca indica o ato de explorar uma propriedade pública, enquanto a aquicultura tem proprietários definidos, que têm como atividade a criação de espécies.
Aquicultura sustentável
A aquicultura é uma atividade que utiliza recursos naturais, como a água, solo, energia, etc. Por esse motivo, uma utilização consciente e responsável é essencial.
Desta forma, é muito importante haver sustentabilidade econômica e ambiental, ou seja, os métodos de produção devem ser eficientes e ao mesmo tempo devem preservar o meio ambiente.
Deve ser evitada a diminuição da biodiversidade ou alterações no funcionamento dos ecossistemas. Por esse motivo, algumas vezes elementos jovens de espécies criadas são devolvidos ao seu habitat natural, com o objetivo de aumentar a população natural ou para inserir uma nova espécie.


Aquicultura no Brasil
No Brasil, a maior parte das atividades aquícolas é praticada em propriedades rurais comuns.
Na grande maioria, essas fazendas são dotadas de açudes ou represas. A atividade agropecuária normal de uma fazenda produz uma série e quantidades variáveis de subprodutos que de maneira geral não são aproveitados, principalmente quanto à sua possível transformação em proteínas para consumo humano: capins, frutos passados, palhas diversas, varreduras de depósitos de rações, camas de estábulos e galinheiros, águas servidas de estábulos, pocilgas, pequenos matadouros, resíduos de biodigestores, etc, que os peixes em cativeiro aproveitam integralmente. Além disso, pode acrescentar-se água servida em laticínios e o bagaço ou torta de filtragem da cana-de-açúcar, entre outros subprodutos de usinas de açúcar e álcool.
Utilizando pouca mão-de-obra, a piscicultura nos açudes e represas não conflita com as demais atividades desenvolvidas numa fazenda. Pelo contrário, é um complemento muito proveitoso, dado que tem a característica básica de reciclar subprodutos e resíduos, transformando-os em proteína animal.
No Brasil, as espécies indígenas de valor comercial, o pacuguaçu, o dourado, o tambaqui , o pintado, entre outros, não se reproduzem em tanques. São as chamadas espécies de piracema, que dependem da injeção de hormônios naturais e sintéticos para a reprodução. Essa técnica tem se popularizado rapidamente.
O desenvolvimento da piscicultura brasileira teve por base as espécies exóticas que se reproduzem em tanques e permitem o cultivo controlado. É o caso da tilápia comum, tilápia-do-nilo, entre outros. A migração da base de produção para as espécies de piracema é relativamente recente, sendo posterior à Década de 1970. Bem como o tambaqui, espécie amplamente cultivada no estado de Roraima.
As tilápias e as carpas são as espécies mais adequadas para criação em represas e açudes das propriedades rurais, devido à sua rusticidade. As espécies carnívoras, como o trairão e o tucunaré devem ser utilizadas apenas como auxiliares no controle do excesso de reprodução das tilápias, não se recomendando sua criação isolada. A inserção de espécies carnívoras é benéfica para melhorar a qualidade do peixe obtido, que cresce mais em menos tempo. No entanto, a inserção deve ser feita com muito cuidado, pois pode causar sérios problemas ecológicos caso haja fugas das espécies carnívoras para os rios locais.
A adubação das águas é um dos aspectos mais importantes da criação de peixes em cativeiro, representando o enriquecimento das águas. Pode ser feito de várias maneiras. Se for possível, as águas usadas para lavar estábulos e pocilgas devem ser levadas para os açudes, desde que não causem poluição do meio aquático por excesso de volume. Sua presença em pequenas quantidades propiciará o incremento da produção natural de plâncton. Além de fertilizarem a água, os estercos são também diretamente ingeridos pelos peixes. De uma maneira geral, pode usar-se o esterco de curral na proporção de duas toneladas por hectare, duas vezes ao ano.
Os adubos químicos também podem ser utilizados, embora não apresentem resultados tão bons quanto os orgânicos, preferencialmente associados ao esterco para a obtenção de melhores resultados.


Na região de Campos do Jordão, há grande produção de trutas. A truta brasileira ganha mais peso que as correspondentes americanas e japonesas, além de sabor característico. Portanto, as propriedades agrícolas providas de açudes apresentam um potencial bastante grande para a produção perene de peixe de alta qualidade e a custos baixos.