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26 de setembro de 2016

FILOSOFIA NO BRASIL- 3º ANO- ENSINO MÉDIO

Filosofia no Brasil
    Tanto no ensino fundamental quanto médio o estudo da filosofia está começando a adentrar com  eficácia nas redes de ensino, sejam elas públicas ou privadas. Porém, é notável que mesmo no Brasil, a filosofia estudada é aquela que se refere aos grandes mestres da filosofia antiga, como é o que acontece com Sócrates, Descartes, Platão e outras figuras de grande importância para os dias atuais.
     E o mesmo cenário também se repete em relação ao ensino superior, especialmente nas áreas de ciências humanas em que o conhecimento empírico e filosófico é fundamental.

A FILOSOFIA NO BRASIL
      Como já dito anteriormente, desde o nosso primeiro contato com a filosofia, muitas são as questões acerca dos avanços em nossa nação sobre essa ciência. Afinal, existe ou já existiu em nosso território algum filósofo de grande eficácia? Pois é: ele pode estar mais próximo de você do que você imagina.
Muito além dos pensadores do eixo europeu França – Alemanha e Inglaterra, fugindo também dos estudos norte-americanos e dos pensadores da Grécia Antiga, é errôneo pensar que nada de original parte do Brasil no que se refere ao setor filosófico.
     Há quase todo momento uma nova ideia filosófica surge em nosso território e os intelectuais nessa área não só existem, como apresentam as suas teorias já há muito tempo – e com uma denotada frequência.
A tradição do pensamento filosófico foi pela primeira vez ‘sentida’ pelos brasileiros por meio dos padres jesuítas, que foram os primeiros a trazer as atividades de reflexão para o nosso país, ainda na segunda metade do século 16.
     Nesse período, ou seja, no início da filosofia no Brasil, as atividades empíricas eram voltadas especialmente para assuntos acerta do descobrimento das Américas e da colonização por parte dos Portugueses, uma vez que o Brasil ainda era uma potência comandada por outra.
    Mas, até hoje a filosofia tem uma grande gama de desdobramentos em nosso território principalmente no que se refere à iniciação científica e a profissionalização acadêmica.

      A própria popularização da filosofia se deu a partir dos principais meios de comunicação do Brasil, principalmente pelos canais abertos de televisão.
Programas como o quadro ‘Ser ou Não Ser’, produzido por Viviane Mosé e apresentado pelo Fantástico foi um grande exemplo.
     Na rede fechada, o programa GNT teve a participação contínua por cinco anos da filósofa Márcia Tiburi no programa televisivo Saia Justa – e isso ainda na década de 70, quando o assunto pouco era disseminado em nosso âmbito pessoal, profissional e até mesmo no acadêmico.
     Mas, atualmente, a filosofia no Brasil ganhou muitos adeptos e é o motivo para uma série de estudos em âmbito nacional. Universidades brasileiras mais tradicionais, como é o caso da PUC, por exemplo, incluíram em todos os cursos algumas disciplinas obrigatórias, como é o caso, por exemplo, da Filosofia – algumas vezes, aplicada ao curso que o aluno desempenha para lhe auxiliar ainda mais na profissão.
Principais nomes da filosofia no Brasil
       A filosofia no Brasil ganhou muitos nomes que hoje a representam não só em nosso território como em congressos e eventos, principalmente aqueles realizados na América do Sul.
• Mário Ferreira dos Santos – o paulista desenvolveu uma obra com mais de 100 volumes em que a ‘filosofia concreta’ é o grande destaque. Segundo o filósofo, nós precisamos analisar cada uma das ciências – como ética, matemática, política para depois reunir as mesmas em um único conjunto de conhecimentos.
• Miguel Reale – o filósofo foi responsável por associar os fundamentos da filosofia com a teoria tridimensional do direito. Sendo assim, ele impulsionou discussões acerca de ambos os temos, apresentando que o direito deve se valer de três diferentes dimensões: o valor, a norte e o próprio fato, que precisa ser analisado por meio de retórica social e histórica.
• Gerd Bornheim – o gaúcho foi um dos nomes fundamentais para inserir a filosofia no Brasil, uma vez que discorreu sobre uma grande variedade de temas – até mesmo sobre o que é o ato de filosofar, sendo o termo relacionado com a própria interioridade do indivíduo. Além disso, ele também era crítico acerca da necessidade de criar-se uma filosofia nacional.
• Outros nomes da filosofia, apontados pelo livro “A filosofia contemporânea no Brasil” são: Henrique Cláudio de Lima, Sérgio Paulo Rouanet, Fernando de Arruda Campos, Hilton Ferreira Japiassu, José Arthus Giannotti, Marilena Chauí, Olavo de Carvalho, Roberto Romano, Paulo Ghiraldelli Jr. e outros.
       História da Filosofia no Brasil refere-se à tradição do pensamento filosófico realizada por brasileiros dentro ou fora do Brasil. As atividades de reflexão filosófica foram trazida pelos padres jesuítas na segunda metade do século XVI com as atividades do descobrimento das Américas, e se estende até os dias atuais com o processo de profissionalização universitária.

EMPIRISMO- 2º ANO - ENSINO MÉDIO

EMPIRISMO

John Locke, filósofo líder do empirismo britânico

Na filosofia, empirismo foi uma teoria do conhecimento que afirma que     o conhecimento vem apenas ou principalmente, a partir da experiência sensorial. Um dos vários pontos de vista da epistemologia, o estudo do conhecimento humano, juntamente com o racionalismo, O idealismo e historicismo, o empirismo enfatiza o papel da experiência e da evidência, experiência sensorial, especialmente, na formação de ideias, sobre a noção de ideias inatas ou tradições; empiristas podem argumentar, porém, que as tradições (ou costumes) surgem devido às relações de experiências sensoriais anteriores. Empirismo na filosofia da ciência enfatiza a evidência, especialmente porque foi descoberta em experiências. É uma parte fundamental do método científico que todas as hipóteses e teorias devem ser testadas contra observações do mundo natural, em vez de descansar apenas em um raciocínio a priori, a intuição ou revelação. Filósofos associados com o empirismo incluem AristótelesAlhazenAvicenaIbn TufailRobert GrossetesteGuilherme de Ockham, Francis BaconThomas HobbesRobert BoyleJohn LockeGeorge BerkeleyHermann von HelmholtzDavid HumeLeopold von Ranke, John Stuart Mill e Nicolau Maquiavel.


Aristóteles deu grande importância à indução baseada na experiência sensível
EMPIRISMO BRITÂNICO
       O método empírico de Francis Bacon e de Thomas Hobbes influenciou toda uma geração de filósofos no Reino Unido a partir do século XVIIJohn Locke é considerado o fundador ("pai") dessa tradição, que ficou conhecida como empirismo britânico, em oposição ao racionalismo que predominava na maior parte da Europa continental. Em seu livro Ensaio Sobre o Entendimento Humano, Locke descreve a mente humana como uma tabula rasa (literalmente, uma "ardósia em branco"), onde, por meio da experiência, vão sendo gravadas as ideias  . A partir dessa análise empirista da epistemologia, Locke diferencia dois tipos de ideias: as ideias simples, sobre as quais não se poderia estabelecer distinções, como a de amarelo, duro, etc., e as ideias complexas, que seriam associações de ideias simples (por exemplo ouro — que é uma substância dura e de cor amarelada). Com isso, formaria-se um conceito abstrato da substância material.
      No século XVIIIGeorge Berkeley desenvolve o empirismo de John Locke, mas não admite a passagem dos conhecimentos fornecidos pelos dados da experiência para o conceito abstrato de substância material. Por isso, Berkeley afirma que uma substância material não pode ser conhecida em si mesma. O que se conhece, na verdade, resume-se às qualidades reveladas durante o processo perceptivo. Assim, o que existe realmente nada mais é que um feixe de sensações. Daí sua famosa frase: ser é ser percebido .
     Entretanto, para fugir do subjetivismo individualista (pois tudo que existe somente existiria para a mente individual de cada observador), Berkeley postula a existência de uma mente cósmica, que seria universal e superior à mente dos homens individuais. Deus é essa mente e tudo o mais seria percebido por Ele, de modo que a existência do mundo exterior à mente individual estaria garantida. No entanto, apesar de existir, o mundo seria impossível de ser conhecido verdadeiramente pelo homem, pois esse conhecimento só é acessível a Deus. Ao assumir esse empirismo radical, George Berkeley cria a corrente conhecida como idealismo subjetivo.

Ao afirmar que só podemos conhecer aquilo que percebemos imediatamente, David Hume rejeitou a ideia de causalidade
     Levando ainda mais adiante o pensamento de Berkeley, o escocês David Hume identifica dois tipos de conhecimento: matérias de fato e relação de ideias. O primeiro está relacionado com a percepção imediata e seria a única forma verdadeira de conhecimento. A relação de ideias é uma inferência de outras ideias, ou seja ao relacionar duas ideias que temos na nossa mente provenientes da experiência concluímos outra ideia. Esta nova ideia, é logicamente verdadeira e necessária, pois é inferida através de um raciocínio demonstrativo (regras da lógica formal). Mas este conhecimento é tautológico, pois não acrescenta nada de novo, é apenas uma relação de ideias que já possuíamos.
      Baseado nisso, Hume refuta a própria causalidade, a noção de causa e efeito, fundamental para a ciência. Ao observarmos, por exemplo, um pedaço de metal, podemos chegar a um conceito de metal, que corresponde à realidade concreta, perceptível. Se aproximamos nossas mãos do fogo, temos uma ideia de calor, que também corresponde à realidade. Mas quando aproximamos um metal do fogo e observamos que ele se dilata com o calor, não podemos concluir que "o corpo se dilata porque esquenta". As ideias "o corpo esquenta" e "o corpo se dilata" teriam como origem duas impressões dos sentidos, provenientes, respectivamente, do tato e da visão. O problema está na expressão por que. Que impressão sensível origina a ideia de porquê? Como concluímos que um fenômeno é a causa de outro?
       Para Hume, o simples motivo de um fenômeno ser sempre seguido de outro faz com que eles se relacionem entre si de tal forma que um é encarado como causa do outro. Causa e efeito, enquanto impressões sensíveis, não seriam mais do que um evento seguido de outro. A noção de causalidade-necessária a partir da simples observação, sem aplicação dos "raciocínios demonstrativos" (nesse caso, a matemática. Ou, nos dias atuais, podemos aplicar esse conceito de Hume como sendo a área que concerne atualmente à Física, à Química, ou a toda ciência que use de cálculos para provar realidades empíricas).      Para ele, portanto, sem o uso desses "raciocínios demonstrativos" para comprovar a existência de causas necessárias ("leis gerais"), tudo o que se baseia apenas na simples experiência para a conclusão dessas causas é somente uma dedução humana, que de forma alguma constitui um conhecimento verdadeiro, é apenas um costume, hábito. Exemplo que Hume nos dá dessa sua tese é o nascimento do Sol: "O Sol nascerá amanhã!" nada mais é que uma crença que nos temos a partir da observação dos dias que se passaram. Mas só a experiência de ver o Sol sempre nascer todos os dias não prova, necessariamente, que ele nascerá amanhã; o que nos faz acreditar que ele nascerá é meramente nosso hábito, nosso costume de vê-lo nascer todos os dias.

HUMANISMO- 1º ANO - ENSINO MÉDIO

O que é Humanismo:
Humanismo, no sentido amplo, significa valorizar o ser humano e a condição humana acima de tudo. Está relacionado com generosidade, compaixão e preocupação em valorizar os atributos e realizações humanas.
O humanismo foi um movimento intelectual iniciado na Itália no século XIV com o Renascimento e difundido pela Europa, rompendo com a forte influência da Igreja e do pensamento religioso da Idade Média. O teocentrismo (Deus como centro de tudo) cede lugar ao antropocentrismo, passando o homem a ser o centro de interesse. O humanismo procura o melhor nos seres humanos e para os seres humanos sem se servir da religião.
A filosofia humanista oferecia novas formas de reflexão sobre as artes, as ciências e a política, revolucionando o campo cultural e marcando a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna.
Através das suas obras, os intelectuais e artistas passaram a explorar temas que tivessem relação com a figura humana, inspirados pelos clássicos da Antiguidade greco-romana como modelos de verdade, beleza e perfeição. Alguns autores humanistas mais conhecidos são: Gianozzo Manetti, Marsílio Ficino, Erasmo de Roterdão, Guilherme de Ockham, Carlos Bernardo González Pecotche, Francesco Petrarca, François Rabelais, Pico de La Mirandola, Thomas Morus, Andrea Alciati, Auguste Comte.
Nas artes plásticas e na medicina, o humanismo esteve representado em obras e estudos sobre anatomia e funcionamento do corpo humano.
Nas ciências, houve grandes descobertas em vários ramos do saber como a física, matemática, engenharia, medicina e etc., que contribuíram para um levantamento concreto da história da humanidade.
Características do Humanismo
Entre as principais características do humanismo destaca-se:
Período de transição entre Idade Média e Renascimento;
Valorização do ser humano;
Surgimento da burguesia;
Nascimento do antropocentrismo, ou seja, o homem no centro do universo;
As emoções humanas começaram a ser mais valorizadas pelos artistas;
Humanismo e Renascimento
O humanismo estabeleceu os fundamentos ideológicos do renascimento europeu. O humanismo renascentista surgiu com uma nova postura em relação às doutrinas religiosas em vigor na época, ocorrendo um afastamento para que fosse possível uma avaliação mais racional dessas mesmas doutrinas.
Durante o renascimento, o humanismo também foi caracterizado por tentativas de libertar o ser humano das regras rígidas do cristianismo da era medieval. Em sentido lato, o humanismo nesta época serviu como uma luta contra a obscuridade medieval, e levou à criação de um comportamento científico livre de normas teológicas.