O que é Diversidade cultural?
Diversidade
cultural são os vários aspectos que representam particularmente
as diferentes culturas, como a linguagem, as tradições, a culinária,
a religião, os costumes, o modelo de organização familiar, a política, entre outras
características próprias de um grupo de seres humanos que habitam um
determinado território.
Diversidade
étnica cultural no Mato Grosso do Sul.
A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações
artístico-culturais desenvolvidas pela população sul-mato-grossense. A cultura
tradicional estadual é uma mistura de várias contribuições das muitas migrações
ocorridas em seu território.
A
formação cultural do sul-mato-grossense está associada à diversidade das
tradições trazidas pelos migrantes e pelos imigrantes, mas algumas predominaram
e deram uma característica muito peculiar às manifestações artísticas locais. E
a música e a culinária se constituíram nos principais componentes da 'genética'
de Mato Grosso do Sul, que fez de Campo Grande o centro de toda efervescência
cultural do Mato grosso do Sul.
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Pratos típicos: Arroz boliviano, Caribeu(guisado
de carne com mandioca), Chipa (semelhante ao pão de
queijo mineiro feito em forma de "ferradura"), Farofa de banana,
Farofa de carne, Furrundu (feito com canela, rapadura e mamão verde), Pacu
assado, Puchero (compõe-se semprec de carnes e legumes
variados), Quibebe de mamão verde/espéie de purê elaborado com
abóbora do tipo cabotian, normalmente temperado com alho e cebola), Sopa
paraguaia (bolo de milho salgado, leite, óleo, queijo,
cebola), Saltenha (pastel assado), Quebra-torto (refeição matinal com carne, arroz-de-carreteiro, café, bolo e geleias), Arroz
carreteiro (mistura de charque picada (guisado) com arroz), Macarrão
boiadeiro (carne de sol e espaguete), pamonha feita com milho verde cozido
e a geleia de mocotó. A gastronomia do estado também é influenciada pela cultura dos
imigrantes japoneses: pratos como o udon, o yakisoba,
sashimi, o sukiaki, sobá, o shoyu, o broto de bambu e o tofu.
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Bebidas típicas: Caldo de piranha, Licor de
pequi, Sorvete de bocaiuva, suco de guavira,
geladinho e Tereré.
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Peixes típicos dos rios do estado: pintado, piraputanga,
curimbatá, pacu e o dourado, costumam ser utilizados nos pratos
típicos.
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Símbolos: Viola de cocho, Trem do Pantanal, Arara Azul,
Tuiuiú, Tereré, Pantanal.
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No campo da música se destacam a Guarânia, Chamamé, Cururu, Siriri, Vanerão
(também conhecido como limpa-banco), Polca Paraguaia, Rock. O gênero
típico do estado é a música sertaneja do interior do Brasil, outrora chamada
genericamente de modas, toadas, cateretês,
chulas, emboladas e batuques, cujo som das modas
de viola é predominante. Foi propagado por uma série de duplas, com a
utilização de violas e dueto vocal. A figura humana típica do estado é a do
pantaneiro: o vaqueiro que tradicionalmente cuidava do gado na região do pantanal.
Os nordestinos trouxeram ritmos musicais e suas danças, como xote, o bailão e o
forró.
Com os migrantes, em relação á
alimentação, temos: o pão caseiro, a cuca, o chimarrão, o churrasco e o
charque. Já na dança, eles nos legaram o xote e o vanerão. Mas sua influência
também se faz sentir no vestuário: a bombacha, o lenço, o pala e ainda o arreio
e o pelego para a montaria do cavalo. Com os mineiros conhecemos: Pão de
queijo, o feijão tropeiro, o leitão pururuca, doce de leite, carne-seca ao sol,
a rapadura, a farinha de mandioca e o pirão de peixe. Já a feijoada veio com os
Cariocas. O cafezinho veio com os paulistas.
O ARTESANATO
O artesanato, uma das mais ricas
expressões culturais de um povo, no Mato Grosso do Sul evidencia crenças,
hábitos, tradições e demais referências culturais do Estado. É produzido com
matérias primas local e manifesta a criatividade e a identidade cultural do
povo sul-mato-grossense através de trabalhos em madeira, cerâmica, fibras,
osso, chifre, sementes, etc.
As peças em geral trazem à tona temas
referentes ao Pantanal e às populações indígenas, trazem cores da paisagem
regional, e além da fauna e da flora, podem retratar tipos humanos e costumes
da região.
Os artesãos sul-mato-grossenses dispõem
de sensibilidade, perícia e cuidado ao modificar a matéria-prima utilizando
insumos disponíveis e técnicas de produção típicas. É por dizer tão bem quem
são os sul-mato-grossenses, é pela qualidade e capricho depositados em cada
peça pelas mãos habilidosas dos artesãos, que dispomos de um artesanato único e
de uma importância cultural que extrapola fronteiras.
ARTESANATO INDÍGENA
Da agricultura de subsistência ao manejo
do gado no Pantanal, dos rituais de caça e pesca ao artesanato. As atividades
dos índios em Mato Grosso do Sul têm significado econômico e ganham incentivos
do poder público. A presença é tão forte que Campo Grande tem até uma
"aldeia urbana" - um núcleo de casas de alvenaria, mas com
arquitetura semelhante a uma oca.
O principal parque da capital do estado
leva o nome de "Nações Indígenas" e ali está o Museu da História
Natural. Na entrada, os visitantes passam por um piso de vidro que reflete um
cocar, símbolo maior do cacique de uma aldeia.
É por meio da produção artesanal, no
entanto, que as principais etnias expressam seus costumes e moldam a cultura
sul-mato-grossense. Cultura associada à manga orgânica, gariroba, milho,
maxixe, pimentas, guavira, pequí, macaúba, carandá e fibra de buriti, uma das
matérias-primas usadas na confecção de utensílios e adornos.
Com uma das maiores populações
indígenas, Mato Grosso do Sul tem larga produção de artesanato. Inclusive com
peças e instrumentos tombados como patrimônios imateriais - Viola do Cocho, a
cerâmica dos Terenas, dos Kadiwéus e dos Kinikinawas.
Os Terenas se destacam na arte
cerâmica, que tem como característica principal o avermelhado polido e o
grafismo com padrões de sua cultura, com motivos naturalistas ou abstratos. A
alternativa atual do artesanato Terena, como meio de subsistência, se dá,
principalmente, através do barro, da palha, da tecelagem - atividades que
representam um nítido resgate de sua arte ancestral indígena.
Os padrões dos grafismos usados pelos
Terenas são basicamente o estilo floral, pontilhados, tracejados, espiralados e
ondulados. Eles produzem peças utilitárias e decorativas: vasos, bilhas, potes,
jarros, animais da região pantaneira - cobras, sapos, jacarés -, além de cachimbos,
instrumentos musicais e variados adornos.
O acabamento das peças é feito com
ferramentas rudimentares: seixos rolados, espátulas e ossos. O barro é
preparado misturando aditivos para regular a plasticidade: pó de cerâmica
amassado e peneirado, conchas trituradas e cinzas de vegetais. Numa fase
anterior são retirados da argila resíduos como restos de vegetais e pedras.
As queimas são feitas em fogueiras a
céu aberto ou em rudimentares fornos, usando lenha como combustão. Os indígenas
verificam o estado do ciclo da queima tilintando com um pedaço de taquara nas
peças. Através do som obtido constatam o estágio da cozedura.
Apesar de a cerâmica ser a principal
atividade de artesanato, os Kadwéus desenvolvem também peças para decoração,
produtos no traçado de palha, na tecelagem de cintas de algodão e na confecção
de colares, o arco e flecha, cestas de palha cipó imbé e colonião, penachos,
entre outros utensílios.
A cerâmica Kadiwéu se destaca em dois
estilos diferentes. Há os padrões geométricos, abstratos, usados principalmente
na pintura decorativa, e o estilo figurativo, no qual geralmente há a intenção
de relatar algum acontecimento importante para a tribo.
Os mais apreciados são os vasos com a
geometria característica. Usam em seus trabalhos argilas de diversas cores:
preta, branca, vermelha e amarela. Com algumas delas fazem engobes para serem
usados na decoração das peças, visando a obtenção de cores contrastantes e
realces pictográficos.
Na decoração das peças usam o urucum
para obter a cor vermelha e o genipapo para produzir a tinta preta, mesmos
produtos usados para pintar o corpo nos rituais.
Os Kinikinawas desenvolvem um rico
artesanato em cerâmica. Sua característica principal é a maior utilização da
argila, tornando os objetos mais espessos e pesados. Produzem ainda artesanatos
em cestaria, tecelagem, adereços, colares e pulseiras de semente de amoreira,
pindó e cocares de pena de galinha e pássaros da região.
Bibliografia consultada e utilizada
http://www.pantanal-brasil.com/cultura/artesanato.aspx
http://rmtonline.globo.com/hotsites/ms/MeuMS/diversidade.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_de_Mato_Grosso_do_Sul
http://pt.wikibooks.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sul/Cultura
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