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26 de setembro de 2016

FILOSOFIA NO BRASIL- 3º ANO- ENSINO MÉDIO

Filosofia no Brasil
    Tanto no ensino fundamental quanto médio o estudo da filosofia está começando a adentrar com  eficácia nas redes de ensino, sejam elas públicas ou privadas. Porém, é notável que mesmo no Brasil, a filosofia estudada é aquela que se refere aos grandes mestres da filosofia antiga, como é o que acontece com Sócrates, Descartes, Platão e outras figuras de grande importância para os dias atuais.
     E o mesmo cenário também se repete em relação ao ensino superior, especialmente nas áreas de ciências humanas em que o conhecimento empírico e filosófico é fundamental.

A FILOSOFIA NO BRASIL
      Como já dito anteriormente, desde o nosso primeiro contato com a filosofia, muitas são as questões acerca dos avanços em nossa nação sobre essa ciência. Afinal, existe ou já existiu em nosso território algum filósofo de grande eficácia? Pois é: ele pode estar mais próximo de você do que você imagina.
Muito além dos pensadores do eixo europeu França – Alemanha e Inglaterra, fugindo também dos estudos norte-americanos e dos pensadores da Grécia Antiga, é errôneo pensar que nada de original parte do Brasil no que se refere ao setor filosófico.
     Há quase todo momento uma nova ideia filosófica surge em nosso território e os intelectuais nessa área não só existem, como apresentam as suas teorias já há muito tempo – e com uma denotada frequência.
A tradição do pensamento filosófico foi pela primeira vez ‘sentida’ pelos brasileiros por meio dos padres jesuítas, que foram os primeiros a trazer as atividades de reflexão para o nosso país, ainda na segunda metade do século 16.
     Nesse período, ou seja, no início da filosofia no Brasil, as atividades empíricas eram voltadas especialmente para assuntos acerta do descobrimento das Américas e da colonização por parte dos Portugueses, uma vez que o Brasil ainda era uma potência comandada por outra.
    Mas, até hoje a filosofia tem uma grande gama de desdobramentos em nosso território principalmente no que se refere à iniciação científica e a profissionalização acadêmica.

      A própria popularização da filosofia se deu a partir dos principais meios de comunicação do Brasil, principalmente pelos canais abertos de televisão.
Programas como o quadro ‘Ser ou Não Ser’, produzido por Viviane Mosé e apresentado pelo Fantástico foi um grande exemplo.
     Na rede fechada, o programa GNT teve a participação contínua por cinco anos da filósofa Márcia Tiburi no programa televisivo Saia Justa – e isso ainda na década de 70, quando o assunto pouco era disseminado em nosso âmbito pessoal, profissional e até mesmo no acadêmico.
     Mas, atualmente, a filosofia no Brasil ganhou muitos adeptos e é o motivo para uma série de estudos em âmbito nacional. Universidades brasileiras mais tradicionais, como é o caso da PUC, por exemplo, incluíram em todos os cursos algumas disciplinas obrigatórias, como é o caso, por exemplo, da Filosofia – algumas vezes, aplicada ao curso que o aluno desempenha para lhe auxiliar ainda mais na profissão.
Principais nomes da filosofia no Brasil
       A filosofia no Brasil ganhou muitos nomes que hoje a representam não só em nosso território como em congressos e eventos, principalmente aqueles realizados na América do Sul.
• Mário Ferreira dos Santos – o paulista desenvolveu uma obra com mais de 100 volumes em que a ‘filosofia concreta’ é o grande destaque. Segundo o filósofo, nós precisamos analisar cada uma das ciências – como ética, matemática, política para depois reunir as mesmas em um único conjunto de conhecimentos.
• Miguel Reale – o filósofo foi responsável por associar os fundamentos da filosofia com a teoria tridimensional do direito. Sendo assim, ele impulsionou discussões acerca de ambos os temos, apresentando que o direito deve se valer de três diferentes dimensões: o valor, a norte e o próprio fato, que precisa ser analisado por meio de retórica social e histórica.
• Gerd Bornheim – o gaúcho foi um dos nomes fundamentais para inserir a filosofia no Brasil, uma vez que discorreu sobre uma grande variedade de temas – até mesmo sobre o que é o ato de filosofar, sendo o termo relacionado com a própria interioridade do indivíduo. Além disso, ele também era crítico acerca da necessidade de criar-se uma filosofia nacional.
• Outros nomes da filosofia, apontados pelo livro “A filosofia contemporânea no Brasil” são: Henrique Cláudio de Lima, Sérgio Paulo Rouanet, Fernando de Arruda Campos, Hilton Ferreira Japiassu, José Arthus Giannotti, Marilena Chauí, Olavo de Carvalho, Roberto Romano, Paulo Ghiraldelli Jr. e outros.
       História da Filosofia no Brasil refere-se à tradição do pensamento filosófico realizada por brasileiros dentro ou fora do Brasil. As atividades de reflexão filosófica foram trazida pelos padres jesuítas na segunda metade do século XVI com as atividades do descobrimento das Américas, e se estende até os dias atuais com o processo de profissionalização universitária.

EMPIRISMO- 2º ANO - ENSINO MÉDIO

EMPIRISMO

John Locke, filósofo líder do empirismo britânico

Na filosofia, empirismo foi uma teoria do conhecimento que afirma que     o conhecimento vem apenas ou principalmente, a partir da experiência sensorial. Um dos vários pontos de vista da epistemologia, o estudo do conhecimento humano, juntamente com o racionalismo, O idealismo e historicismo, o empirismo enfatiza o papel da experiência e da evidência, experiência sensorial, especialmente, na formação de ideias, sobre a noção de ideias inatas ou tradições; empiristas podem argumentar, porém, que as tradições (ou costumes) surgem devido às relações de experiências sensoriais anteriores. Empirismo na filosofia da ciência enfatiza a evidência, especialmente porque foi descoberta em experiências. É uma parte fundamental do método científico que todas as hipóteses e teorias devem ser testadas contra observações do mundo natural, em vez de descansar apenas em um raciocínio a priori, a intuição ou revelação. Filósofos associados com o empirismo incluem AristótelesAlhazenAvicenaIbn TufailRobert GrossetesteGuilherme de Ockham, Francis BaconThomas HobbesRobert BoyleJohn LockeGeorge BerkeleyHermann von HelmholtzDavid HumeLeopold von Ranke, John Stuart Mill e Nicolau Maquiavel.


Aristóteles deu grande importância à indução baseada na experiência sensível
EMPIRISMO BRITÂNICO
       O método empírico de Francis Bacon e de Thomas Hobbes influenciou toda uma geração de filósofos no Reino Unido a partir do século XVIIJohn Locke é considerado o fundador ("pai") dessa tradição, que ficou conhecida como empirismo britânico, em oposição ao racionalismo que predominava na maior parte da Europa continental. Em seu livro Ensaio Sobre o Entendimento Humano, Locke descreve a mente humana como uma tabula rasa (literalmente, uma "ardósia em branco"), onde, por meio da experiência, vão sendo gravadas as ideias  . A partir dessa análise empirista da epistemologia, Locke diferencia dois tipos de ideias: as ideias simples, sobre as quais não se poderia estabelecer distinções, como a de amarelo, duro, etc., e as ideias complexas, que seriam associações de ideias simples (por exemplo ouro — que é uma substância dura e de cor amarelada). Com isso, formaria-se um conceito abstrato da substância material.
      No século XVIIIGeorge Berkeley desenvolve o empirismo de John Locke, mas não admite a passagem dos conhecimentos fornecidos pelos dados da experiência para o conceito abstrato de substância material. Por isso, Berkeley afirma que uma substância material não pode ser conhecida em si mesma. O que se conhece, na verdade, resume-se às qualidades reveladas durante o processo perceptivo. Assim, o que existe realmente nada mais é que um feixe de sensações. Daí sua famosa frase: ser é ser percebido .
     Entretanto, para fugir do subjetivismo individualista (pois tudo que existe somente existiria para a mente individual de cada observador), Berkeley postula a existência de uma mente cósmica, que seria universal e superior à mente dos homens individuais. Deus é essa mente e tudo o mais seria percebido por Ele, de modo que a existência do mundo exterior à mente individual estaria garantida. No entanto, apesar de existir, o mundo seria impossível de ser conhecido verdadeiramente pelo homem, pois esse conhecimento só é acessível a Deus. Ao assumir esse empirismo radical, George Berkeley cria a corrente conhecida como idealismo subjetivo.

Ao afirmar que só podemos conhecer aquilo que percebemos imediatamente, David Hume rejeitou a ideia de causalidade
     Levando ainda mais adiante o pensamento de Berkeley, o escocês David Hume identifica dois tipos de conhecimento: matérias de fato e relação de ideias. O primeiro está relacionado com a percepção imediata e seria a única forma verdadeira de conhecimento. A relação de ideias é uma inferência de outras ideias, ou seja ao relacionar duas ideias que temos na nossa mente provenientes da experiência concluímos outra ideia. Esta nova ideia, é logicamente verdadeira e necessária, pois é inferida através de um raciocínio demonstrativo (regras da lógica formal). Mas este conhecimento é tautológico, pois não acrescenta nada de novo, é apenas uma relação de ideias que já possuíamos.
      Baseado nisso, Hume refuta a própria causalidade, a noção de causa e efeito, fundamental para a ciência. Ao observarmos, por exemplo, um pedaço de metal, podemos chegar a um conceito de metal, que corresponde à realidade concreta, perceptível. Se aproximamos nossas mãos do fogo, temos uma ideia de calor, que também corresponde à realidade. Mas quando aproximamos um metal do fogo e observamos que ele se dilata com o calor, não podemos concluir que "o corpo se dilata porque esquenta". As ideias "o corpo esquenta" e "o corpo se dilata" teriam como origem duas impressões dos sentidos, provenientes, respectivamente, do tato e da visão. O problema está na expressão por que. Que impressão sensível origina a ideia de porquê? Como concluímos que um fenômeno é a causa de outro?
       Para Hume, o simples motivo de um fenômeno ser sempre seguido de outro faz com que eles se relacionem entre si de tal forma que um é encarado como causa do outro. Causa e efeito, enquanto impressões sensíveis, não seriam mais do que um evento seguido de outro. A noção de causalidade-necessária a partir da simples observação, sem aplicação dos "raciocínios demonstrativos" (nesse caso, a matemática. Ou, nos dias atuais, podemos aplicar esse conceito de Hume como sendo a área que concerne atualmente à Física, à Química, ou a toda ciência que use de cálculos para provar realidades empíricas).      Para ele, portanto, sem o uso desses "raciocínios demonstrativos" para comprovar a existência de causas necessárias ("leis gerais"), tudo o que se baseia apenas na simples experiência para a conclusão dessas causas é somente uma dedução humana, que de forma alguma constitui um conhecimento verdadeiro, é apenas um costume, hábito. Exemplo que Hume nos dá dessa sua tese é o nascimento do Sol: "O Sol nascerá amanhã!" nada mais é que uma crença que nos temos a partir da observação dos dias que se passaram. Mas só a experiência de ver o Sol sempre nascer todos os dias não prova, necessariamente, que ele nascerá amanhã; o que nos faz acreditar que ele nascerá é meramente nosso hábito, nosso costume de vê-lo nascer todos os dias.

HUMANISMO- 1º ANO - ENSINO MÉDIO

O que é Humanismo:
Humanismo, no sentido amplo, significa valorizar o ser humano e a condição humana acima de tudo. Está relacionado com generosidade, compaixão e preocupação em valorizar os atributos e realizações humanas.
O humanismo foi um movimento intelectual iniciado na Itália no século XIV com o Renascimento e difundido pela Europa, rompendo com a forte influência da Igreja e do pensamento religioso da Idade Média. O teocentrismo (Deus como centro de tudo) cede lugar ao antropocentrismo, passando o homem a ser o centro de interesse. O humanismo procura o melhor nos seres humanos e para os seres humanos sem se servir da religião.
A filosofia humanista oferecia novas formas de reflexão sobre as artes, as ciências e a política, revolucionando o campo cultural e marcando a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna.
Através das suas obras, os intelectuais e artistas passaram a explorar temas que tivessem relação com a figura humana, inspirados pelos clássicos da Antiguidade greco-romana como modelos de verdade, beleza e perfeição. Alguns autores humanistas mais conhecidos são: Gianozzo Manetti, Marsílio Ficino, Erasmo de Roterdão, Guilherme de Ockham, Carlos Bernardo González Pecotche, Francesco Petrarca, François Rabelais, Pico de La Mirandola, Thomas Morus, Andrea Alciati, Auguste Comte.
Nas artes plásticas e na medicina, o humanismo esteve representado em obras e estudos sobre anatomia e funcionamento do corpo humano.
Nas ciências, houve grandes descobertas em vários ramos do saber como a física, matemática, engenharia, medicina e etc., que contribuíram para um levantamento concreto da história da humanidade.
Características do Humanismo
Entre as principais características do humanismo destaca-se:
Período de transição entre Idade Média e Renascimento;
Valorização do ser humano;
Surgimento da burguesia;
Nascimento do antropocentrismo, ou seja, o homem no centro do universo;
As emoções humanas começaram a ser mais valorizadas pelos artistas;
Humanismo e Renascimento
O humanismo estabeleceu os fundamentos ideológicos do renascimento europeu. O humanismo renascentista surgiu com uma nova postura em relação às doutrinas religiosas em vigor na época, ocorrendo um afastamento para que fosse possível uma avaliação mais racional dessas mesmas doutrinas.
Durante o renascimento, o humanismo também foi caracterizado por tentativas de libertar o ser humano das regras rígidas do cristianismo da era medieval. Em sentido lato, o humanismo nesta época serviu como uma luta contra a obscuridade medieval, e levou à criação de um comportamento científico livre de normas teológicas.


31 de maio de 2016

Filosofia TEMAS DA ATUALIDADE


Atividade de TVT - 2º Bimestre- 3º ano- referente a 31/05/2016


O que é Turismo:
Turismo é o conjunto de atividades que envolvem o deslocamento de pessoas de um lugar para outro, seja ele doméstico ou internacional.
O turismo está ligado a diversos segmentos, entre eles, o turismo de consumo, onde são organizadas excursões com o objetivo principal de fazer compras, o turismo religioso, realizado para encontros em regiões com tradição religiosa, o turismo cultural, o turismo rural, o turismo ecológico etc.São consideradas turistas as pessoas que saem de seu país ou região para uma viagem de visita a outro país, estado ou região por um período não superior a doze meses sem que a intenção principal seja desenvolver uma atividade remunerada.O turismo tem grande importância na economia mundial, pois a chegada de turistas aumenta o consumo, a produção de bens e serviços e principalmente a necessidade de criação de novos empregos. O dia mundial do turismo é comemorado no dia 27 de setembro.
Turismo culturalO turismo cultural é caracterizado pelo deslocamento de pessoas com o objetivo de vivenciar o conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e a identidade de uma determinada população.O turismo cultural envolve a contemplação de bens materiais e imateriais que se tornaram atrações turísticas, entre eles, centros históricos, museus, sítios arqueológicos, festas típicas, eventos gastronômicos etc.
Turismo ruralO turismo rural é uma modalidade de turismo realizada no meio rural, onde o turista tem contato com as atividades realizadas em chácaras, sítios e fazendas, onde são realizadas atividades rotineiras do campo, como o contato com os animais, atividades equestres, a pesca, a alimentação típica etc.
Turismo ecológicoO turismo ecológico ou ecoturismo é um segmento em que se pratica o turismo de lazer, o esportivo ou educacional em áreas naturais onde se estimula a preservação da natureza.Entre as atividades praticadas no turismo ecológico estão as trilhas, os banhos de cachoeira, as escaladas em pontos turísticos, o mergulho para observação da vida marinha etc.

ATIVIDADE

Numere a Segunda Coluna de Acordo com a Primeira
CONCEITOS:
(01)
É um segmento em que se pratica o turismo de lazer, o 
esportivo ou educacional em áreas naturais onde se estimula a preservação da natureza.
(02)
É uma modalidade de turismo realizada no meio rural, onde 
o turista tem contato com as atividades realizadas em chácaras,
 sítios e fazendas, onde são realizadas atividades rotineiras do campo
(03)
É caracterizado pelo deslocamento de pessoas com o 
objetivo de vivenciar o conjunto de elementos significativos 
do patrimônio histórico e cultural e a identidade de uma determinada população.
(04)
Envolve a contemplação de bens materiais e imateriais 
que se tornaram atrações turísticas, entre eles, centros 
históricos, museus, sítios arqueológicos, festas típicas, 
eventos gastronômicos etc.
(05)
Tem grande importância na economia mundial, pois a 
chegada de turistas aumenta o consumo, a produção de
 bens e serviços e principalmente a necessidade de criação de novos empregos.
(06)
O dia mundial do turismo
(07)
As pessoas que saem de seu país ou região 
para uma viagem de visita a outro país, estado ou região por 
um período não superior a doze meses sem que a intenção principal 
seja desenvolver uma atividade remunerada.
(08)
É o conjunto de atividades que envolvem o deslocamento de 
pessoas de um lugar para outro, seja ele doméstico ou internacional.
(09)
Onde são organizadas excursões com o objetivo principal de fazer compras
(10)
Realizado para encontros em regiões com tradição religiosa


RESPOSTAS:
(   )
Turismo rural
(   )
Turismo de consumo
(   )
Turistas
(   )
Turismo cultural
(   )
Turismo religioso
(   )
Turismo
(   )
Turismo cultural
(   )
Turismo
(   )
27 de setembro
(   )
Turismo ecológico ou ecoturismo








8 de março de 2016

ÉTICA E MORAL- 3º ANO (1º BIMESTRE)

ÉTICA E MORAL
Ética é o nome geralmente dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra "ética" é derivada do grego θικός, e significa aquilo que pertence ao θος, ao caráter.[1]
Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano. [2][3].

Na filosofia clássica, a ética não se resumia à moral (entendida como "costume", ou "hábito", do latim mos, mores), mas buscava a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto na vida privada quanto em público. A ética incluia a maioria dos campos de conhecimento que não eram abrangidos na física, metafísica, estética, na lógica, na dialética e nem na retórica. Assim, a ética abrangia os campos que atualmente são denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, às vezes política, e até mesmo educação física e dietética, em suma, campos direta ou indiretamente ligados ao que influi na maneira de viver ou estilo de vida. Um exemplo desta visão clássica da ética pode ser encontrado na obra Ética, de Espinoza.


Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ÉTICA é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto".

Alguns diferenciam ética e moral de vários modos: 


1. Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas; 
2. Ética é permanente, moral é temporal; 
3. Ética é universal, moral é cultural; 
4. Ética é regra, moral é conduta da regra; 
5. Ética é teoria, moral é prática. 


Etimologicamente falando, ética vem do grego "ethos", e tem seu correlato no latim "morale", com o mesmo significado: Conduta, ou relativo aos costumes. Podemos concluir que etimologicamente ética e moral são palavras sinônimas.
Vários pensadores em diferentes épocas abordaram especificamente assuntos sobre a ÉTICA: Os pré-socráticos, Aristóteles, os Estóicos, os pensadores Cristãos (Patrísticos, escolásticos e nominalistas), Kant, Espinoza, Nietzsche, Paul Tillich etc.
Passo a considerar a questão da ética a partir de uma visão pessoal através do seguinte quadro comparativo: Ética Normativa Ética Teleológica Ética Situacional

Conclusão:
Afinal, o que é ética?
Ética é algo que todos precisam ter.
Alguns dizem que têm.
Poucos levam a sério.
Ninguém cumpre à risca...

........................................................
ÉTICA

 O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.
 A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos.
 Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética. Num país, por exemplo, sacrificar animais para pesquisa científica pode ser ético. Em outro país, esta atitude pode desrespeitar os princípios éticos estabelecidos. Aproveitando o exemplo, a ética na área de pesquisas biológicas é denominada bioética.
 Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a ética de determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido, podemos citar: ética médica, ética de trabalho, ética empresarial, ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística, ética na política, etc.
 Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual pertence é chamado de antiético, assim como o ato praticado.

 O QUE É SER ÉTICO?

 Ser Ético nada mais é do que agir direito, proceder bem, sem prejudicar os outros. É ser altruísta, é estar tranqüilo com a consciência pessoal. "É cumprir com os valores da sociedade em que vive, ou seja, onde mora, trabalha, estuda, etc."
 Ética é tudo que envolve integridade, é ser honesto em qualquer situação, é ter coragem para assumir seus erros e decisões, ser tolerante e flexível, é ser humilde.
 Todo ser ético reflete sobre suas ações, pensa se fez o bem ou o mal para o seu próximo.
 Ser ético é ter a consciência "limpa".

 VALORES MORAIS

 Os valores morais são juízos sobre as ações humanas que se baseiam em definições do que é bom/mau ou do que é o bem/o mal. Eles são imprescindíveis para que possamos guiar nossa compreensão do mundo e de nós mesmos e servem de parâmetros pelos quais fazemos escolhas e orientamos nossas ações.
 Eles estão presentes nos nossos pensamentos, nas coisas que dizemos e escrevemos e, claro, nas nossas ações. Apesar dessa presença em toda a nossa vida, as ocasiões mais propícias para investigarmos sua importância para a compreensão e direcionamento das ações são aquelas em que somos chamados a fazer escolhas importantes. Nesses momentos, sabemos que não podemos agir em função da primeira coisa que passar pela cabeça; precisamos pensar bem, avaliar o que realmente queremos, quais as conseqüências se fizermos isso ou aquilo, o que perdemos e o que ganhamos.
 Assim, a reflexão sobre os valores morais serve para aprendermos a lidar melhor com a nossa capacidade de escolher e com o uso dessa particularidade humana, que é a liberdade. Ao definirmos o que é bom ou mau, estamos projetando um modo de viver humanamente, em sociedade. Por essa razão, a reflexão sobre liberdade e responsabilidade não pode deixar de ser feita tendo em vista as relações humanas.
 A moral está baseada num valor ético chamado JUSTIÇA. Quando a ética falha, a moral em ação, e ela é punitiva!


 EXERCÍCIOS
 1 – Defina o que é ética?
 2 - O que é ser ético?
 3 - Por que é tão difícil ser ético?
 4 – O que são valores morais?
 5 – Quais os valores cultivados em nossa sociedade?
 6 – Quais são os seus valores morais?
 7 – Por que a ética é essencial para que haja equilíbrio em uma sociedade?
 8 – Qual a diferença entre ética e moral?

2 de março de 2016

Introdução aos Sistemas Agroflorestais (SAFs)

EIXOS TEMÁTICOS TERRA, VIDA E TRABALHO
1º ANO/2016
Introdução aos Sistemas Agroflorestais (SAFs)
1.1 O que são os Sistemas
Agroflorestais (SAFs)?

          Um sistema agroflorestal é uma
forma de produzirmos alimentos ao
mesmo tempo em que conservamos ou
recuperamos a natureza. Isso é
possível porque nessa forma de
produção, ao invés de retirarmos toda a
vegetação original e plantarmos apenas
uma cultura em uma larga extensão de
terra, procuramos entender o
funcionamento da natureza e imitá-la,
utilizando as relações entre os seres
vivos a nosso favor e estimulando a
biodiversidade.
       Nas agroflorestas utilizamos
culturas agrícolas, árvores e animais
em um manejo que leva em
consideração o tempo e o espaço, para
Os sistemas agroflorestais devem tentar reproduzir ao máximo a arquitetura das
formações naturais, para melhor aproveitar a radiação, umidade e nutrientes.
o qual é muito importante o conhecimento das características de cada espécie utilizada e sua relação com as demais. A adubação é feita de forma natural, com os recursos disponíveis e com a dinâmica de ciclagem de nutrientes típica das florestas, através da poda das árvores e da adubação verde. Não utilizamos agrotóxicos nem adubos químicos, pois só causam contaminação química e mais desequilíbrio, indo contra a técnica da agrofloresta (que propõe um controle natural das pragas através do reestabelecimento do equilíbrio ecológico).
          Em nosso caso, no Rio de Janeiro, a vegetação original é a mata atlântica. Quando retiramos a mata e degradamos o ambiente, a natureza tenta a todo custo se regenerar. É aí que aparecem as “pragas” e as “ervas daninhas”, que nada mais são que ferramentas da natureza para tentar reestabelecer seu equilíbrio natural que fora atrapalhado pelo ser humano. Essa é a forma da natureza de expressar que algo está errado. Devemos interpretar estes sinais e utilizá-los a nosso favor, para nos auxiliar com o manejo. Se os insetos estão em uma quantidade que pode danificar a colheita, devemos aumentar a biodiversidade e buscar o controle biológico. Se há o surgimento de
ervas espontâneas, devemos retirar ou podar aquelas que porventura estiverem
competindo com as culturas e estimular o crescimento das outras.
        O mais importante num manejo agroflorestal é o conhecimento do ambiente natural que nos cerca e a consciência de que o ser humano faz parte da natureza e deve se relacionar com ela de uma forma harmoniosa.

Os sistemas agroflorestais devem tentar reproduzir ao máximo a arquitetura das
formações naturais, para melhor aproveitar a radiação, umidade e nutrientes.

  
 Vantagens e desvantagens dos SAFs
3.1 Vantagens dos SAFs

1 - Os SAF’s aliam a produção de alimentos com a conservação do meio ambiente.
_ Quando não usamos venenos e químicos, não poluímos as águas, o solo e os
alimentos;
_ Os SAFS ajudam a controlar a erosão dos solos;
_ Diminuem a necessidade de derrubar a floresta para abrir novos roçados;
_ Grande eficiência na ciclagem de nutrientes;
_ Ajudam a manter a fauna, permitindo realizar a caça racional;
_ Uma terra plantada com roça de forma convencional produz bem durante poucos anos, após os quais há uma queda na produção, enquanto os SAF’s duram de 100 a 200 anos;

2 - Os SAF’s são importantes na recuperação de áreas degradadas.
_ São utilizadas espécies poucos exigentes quanto a qualidade do solo, capazes de melhorar a terra para as espécies mais exigentes;
_ No consórcio de espécies, uma planta ajuda a outra a se desenvolver;
_ Ao longo do tempo, a terra vai se recuperando naturalmente;
_ A sucessão natural é o trabalho da própria natureza pra se recuperar;
_ Os SAF’s cumprem duas funções ao mesmo tempo, pois durante a recuperação da área são produzidos alimentos e outros produtos;

3 - Segurança alimentar.
_ Melhoria da alimentação das populações rurais e dos consumidores;
_ O alimento produzido sem adubos químicos é mais rico em nutrientes e mais
saudável;
_ O alimento produzido sem veneno não faz mal à saúde;
_ Melhoria da qualidade de vida de quem come e de quem produz;
_ Consumindo alimentos das agroflorestas, estamos colaborando diretamente com a preservação da natureza;

4 - Os SAF’s facilitam o trabalho do agricultor.
_ Melhor distribuição da mão-de-obra ao longo do ano;
_ Tornam mais confortável o trabalho na roça;
_Quando bem estabelecidos, continuam produzindo sem exigir muita mão-de-obra em tarefas de tratos culturais e manejos;
_ Por manter o solo produtivo por longos períodos, ajuda a fixar o agricultor a terra e lhe dá mais tempo livre no dia-a-dia;
_ Garantia de produção e renda para as gerações futuras;
_ Valorizam a cultura local;
_ Melhoria da qualidade de vida dos produtores e produtoras;

5 - Benefícios econômicos.
_ Aumenta a renda familiar;
_ Custos de implantação e manutenção são acessíveis aos pequenos agricultores;
_ Intensificação do grau de utilização da área;
_ Menor risco aos produtores, devido a maior diversificação da produção;
_Construção de capital “em pé”, para o caso de emergências;
_ Diminui o custo com insumos externos;

3.2 Desvantagens dos SAFs
1 - O manejo é um pouco mais complicado.
_ Os conhecimentos dos agricultores e técnicos sobre os SAF’a ainda é muito limitado;
_ Pouco conhecimento sobre alelopatias;
_ Distanciamento e espaçamento deve seer decidido pra cada espécie;
_ Utilização de espécies que podem ser novas aos agricultores;
_ Requere maior capacidade de observação e maiores conhecimentos;
_ Os efeitos benéficos dos SAF’s dependem da qualidade e periodicidade do manejo;

2 - Desvantagens econômicas.
_ O custo inicial para a implantação da área pode ser mais elevado;
_ O retorno do capital pode ser mais lento;
_ O manejo incorreto pode diminuir o rendimento dos cultivos agrícolas;
_ Atualmente os produtos gerados pelos SAF’s têm mercados limitados (necessidade de organização em associações e cooperativas);

3 - Outras
_ Aumenta a competição por luz, água e nutrientes;
_ Difícil mecanização com as máquinas atuais;
_ As árvores, quando grandes e velhas, podem causar acidentes;

_ Ausência de pesquisas pros cultivos consorciados;