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2 de agosto de 2015

3º ano FILOSOFIA
LÓGICA PARA O SENSO COMUM:
    Para o senso comum a palavra lógica é usada como sinônimo de um fato, ou uma afirmação óbvia, evidente, da qual existe certeza:
Ex:
 "É lógico que os EUA devem fazer o que lhes for possível para ajudar a promover o retorno ao poder econômico normal no mundo”
“É lógico que o treinador conhece muito de futebol, mas chegou o momento de se concentrar mais no seu trabalho diário e esquecer algumas coisas e inimigos que parecem ter tirado o seu foco nos últimos meses.” Folha de São Paulo, 30/06/2009

ETIMOLOGIA DO TERMO LÓGICA:
     No seu sentindo etimológico, a palavra lógica deriva do termo ‘logos’ de origem grega , significa : palavra, discurso , pensamento, razão.

DEFINIÇÃO FILOSÓFICA DE LÓGICA:
        A disciplina filosófica que se dedica ao estudo das leis, princípios e regras a que deve obedecer o pensamento e o discurso (raciocínio/argumentação);
        Estudo dos métodos e princípios da argumentação (raciocínio);
        Análise dos raciocínios nas suas partes integrantes.
 IMPORTÂNCIA DA LÓGICA:
 - Ela ajuda-nos a adquirir competências que nos permite avaliar a validade dos argumentos que nos são apresentados, contribuindo assim para desenvolver a autonomia e o espírito critico.
- Ela proporciona-nos meios que possibilitam a organização coerente dos pensamentos, desenvolvendo competências argumentativas e demonstrativas, a fim de os podermos comunicar com rigor, coerência e inteligibilidade.
- Ela permite-nos analisar diversos tipos de discurso, do científico ao político, para nos certificarmos da sua validade formal
- Ela possibilita-nos a analise de ideias, juízos, raciocínios e métodos de inferir, permitindo representar, através de uma linguagem rigorosa, conceitos que pela subtileza escapam a toda a toda a determinação precisa com a linguagem corrente. É por meio desses recursos que pensamos a realidade e a podemos conhecer.  

  GÊNESES DA LÓGICA:
 -      A história da lógica remonta ao problema filosófico criado pelos pensadores pré-socráticos Heráclito e Parmênides;
 -       Procurando explicar racionalmente a realidade, chegaram a conclusões opostas;
        Heráclito (535 a.C. - 475 a.C):
“Ninguém entra no mesmo rio uma segunda vez, pois quando isto acontece já não se é mais o mesmo. Assim como as águas que já serão outras.”
-   Somente o devir (mudança) é real;
-   O mundo é um fluxo permanente onde nada se mantém idêntico a si mesmo, tudo se transforma no seu contrário;
-   O mundo parece estável, mas é apenas aparência, pois tudo muda sempre sem parar;
-   O dia vira noite, o frio esquenta, o que é vivo morre, o que não existe nasce, etc...
       
               Parmênides (530 a.C. -  460 a.C. ):
“O ser é e não pode não ser e o não-ser não é e não pode ser de modo algum.”
-   O que existe real e verdadeiramente é o que nunca muda;
-   Tudo permanece sempre idêntico a si mesmo;
-   A mudança é apenas aparência para os nossos sentidos, mas nosso pensamento pode descobrir a essência imutável das coisas;
-   Só podemos pensar em algo se este sempre permanecer o mesmo.

-       Heráclito (tudo muda) ≠ Parmênides (tudo permanece idêntico).

        Platão (427-347 a.C.)  e a Dialética
“(...) a alma deseja voar “de volta para casa”, para o mundo das ideias. Ela quer se libertar do cárcere do corpo.”
·-       Para resolver o problema posto por Heráclito e Parmênides, Platão desenvolve a teoria das Ideias;
-        Segundo Platão, existem dois mundos (ou duas realidades):
-   O Mundo sensível: É o mundo feito de matéria, o mundo físico. Este sempre muda, sempre se transforma (compatível com a filosofia de Heráclito);
-   O mundo inteligível (ideal): É o mundo das ideias (essências) eterno e imutável, pois é perfeito. Nele se encontram as formas (essências, ideias) perfeitas de tudo que existe no mundo sensível, e elas nunca se alteram (compatível com a filosofia de Parmênides).
-        Mas como podemos saber como são as essências (ideias, formas perfeitas) se elas são do mundo ideal e nós estamos no mundo sensível? Platão responde, por meio da Dialética;
      Mas o que é a Dialética?
-   É um método de pensamento e linguagem;
-   Consiste em um Diálogo, onde apresentam-se opiniões contrárias e deve-se argumentar até chegar a uma conclusão verdadeira sobre o assunto investigado;
-   A dialética é um debate, uma discussão, um diálogo sobre ideias contrárias;
-   A verdade corresponde à conclusão obtida no diálogo e que não pode mais ser refutada;
-   Essa conclusão, ou seja, a verdade resultante do debate corresponde ao mundo ideal;
-   Em outras palavras no diálogo (debate, discussão) nosso espírito (razão) se esforça para argumentar contra as opiniões adversárias, nesse esforço acaba por trazer à tona a verdade que já está nele, pois já foi contemplada quando nosso espírito pertencia ao mundo ideal;
       Aristóteles (384-322 a.C.) e a Lógica formal
-   Aristóteles foi o principal discípulo de Platão;
-   Rejeitou a teoria das ideias de seu mestre e por consequência rejeitou a Dialética como método eficiente de chegar à verdade;
-   Aristóteles formula a Lógica como instrumento e estudo dos raciocínios corretos (válidos), mas inicialmente era chamada de analítica, só mais tarde foi renomeada para Lógica;







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