Ao lado de Émile Durkheim e Karl Marx, o alemão Max
Weber integra o trio dos grandes pensadores clássicos responsáveis pela
fundação da Sociologia. Nascido em 1864, em Munique,
dedicou sua obra a compreender a nova sociedade que se formava a partir da
consolidação do capitalismo industrial na Europa e
sua propagação pelo planeta. Como pioneiro no estudo científico da sociedade,
Weber inaugura o método da sociologia compreensiva. Baseada na ideia de que
ao estudar as ações sociais o sociólogo deve dar especial atenção a motivação
dos indivíduos e grupos, a sociologia compreensiva ocupa-se do sentido que os
sujeitos atribuem as suas próprias ações. Entende-se, por consequência, que
as ações em si não tem um sentido próprio, mas o sentido que nós, como
sujeitos modernos atribuímos a elas. Para Weber, o papel do sociólogo deve
ser compreender esses sentidos, que são dados pelos sujeitos, mas não podem
ser apreendidos de forma imediata por eles (o que justifica a necessidade da
reflexão sociológica). Weber dá ênfase aos estudos sociológicos sobre
economia, religião e política – todas em sua configuração moderna. Em sua
obra mais conhecida, A ética protestante e o espírito do capitalismo, Weber investiga a influência
da religião, especialmente do protestantismo, na formação do
capitalismo ocidental. Para ele, os fundamentos dessa religião – que prega a
intensa dedicação ao trabalho e não condena a acumulação de riquezas –
favoreceram a consolidação do capitalismo nos países onde sua influência era
grande. Weber aplica o método da sociologia compreensiva demonstrando que a
forma como os sujeitos captavam o mundo (sua ética religiosa) influenciou
diretamente suas ações (na consolidação do capitalismo).
Segundo Weber, para compreender a realidade é
preciso antes transportá-la ao campo das ideias, o campo da teoria. No caso
da ética protestante e o espírito do capitalismo, somos apresentados ao
capitalismo a partir de um tipo ideal. Weber reconhece que, no mundo
concreto, ele se apresenta de formas variadas, dependendo da época e do país
onde é observado. Entretanto, alguns elementos – como a busca pelo lucro e a
organização racional do trabalho – aparecem como típicos desse sistema de
produção. Para Weber, a racionalização do trabalho é um traço definitivo que
marca nosso tempo. O avanço da ciência e do capitalismo moldaram o mundo de
forma que todos os espaços coletivos, desde de os políticos até os
corporativos, sejam burocratizados. É preciso notar que a burocracia de que
nos fala Weber é vista sob um ponto de vista positivo, pois significa a
organização racional e eficiente das atividades coletivas, onde cada um
exerce sua função específica e previamente estabelecida de forma detalhada.
Em praticamente todas as obras de Max Weber é possível perceber a forte
presença da ideia de tipo ideal. Principais obras: A ética protestante e o
espírito do capitalismo; Estudos sobre a sociologia e a religião; Estudos de
metodologia e Política como Vocação. Em A ética protestante e o espírito do
capitalismo, Max Weber discute a relação entre o protestantismo e o
estabelecimento do sistema capitalista moderno, analisando como aquela doutrina
religiosa contribuiu com a formação de todo um ideal político e econômico.
Diz que a partir do momento em que uma religião se consolida em um
determinado local, é inevitável que ela influencie nos costumes e na cultura
das pessoas e isso interfere na relação que elas mantêm com a questão da
economia e do dinheiro propriamente dito. Weber diz que enquanto o mundo era
dominado pelo catolicismo, as pessoas viviam de acordo com a cultura oriunda
dele, em que a usura era condenada e a salvação viria pela confissão,
pagamento das indulgências e participação nos cultos. Desse modo, para os
católicos (pelo menos a maioria), o trabalho não era nada além de uma forma
de manter o próprio sustento. Já a doutrina Protestante, pregava que o
trabalho era uma forma de enobrecimento do homem, que o fazia ganhar uma
posição de dignidade diante do próprio Deus. Ter uma rotina de muito trabalho
seria uma forma de se manter longe do pecado. Além disso, os prazeres
mundanos, todos eles, eram condenados por essa religião, o que facilitava a
acumulação de bens.
Referências bibliográficas:WEBER, Max. Ética protestante e o espírito do
capitalismo. São Paulo: Pioneira, 1999.WEBER, Max. Ciência e
política: duas vocações. São Paulo: Martin Claret, 2001.
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10 de agosto de 2017
MAX WEBER- SOCIOLOGIA- 2º ANO

9 de agosto de 2017
SOCIÓLOGOS IMPORTANTES
Augusto Comte
foi um importante filósofo e sociólogo francês do século XIX. É
considerado o criador do Positivismo e da disciplina Sociologia, nasceu na
cidade de Montpellier (França) em 1798.
Comte:
Valoriza os fatos absolutos, certos, sensíveis (ver para crer), acredita no
progresso natural dos homens e diz que a humanidade passa por três estados:
Teológico (Religião), Metafísico (Filosofia) e Positivo (Ciência). Segundo ele,
no estado positivo, o mais evoluído, se rejeitaria qualquer informação que não
fosse absoluta e provada experimentalmente.
Principais realizações
- Criou a disciplina Sociologia;
- Criou a corrente filosófica, política e
científica conhecida como Positivismo;
- Idealizou o conceito político da Lei dos
Três Estados;
- Fez grandes colaborações para o
desenvolvimento da filosofia humanista.
|
Principais obras
- Opúsculos de Filosofia Social
- Curso de filosofia positiva- Discurso sobre o espírito positivo - Discurso sobre o conjunto do Positivismo - Sistema de política positiva - Catecismo positivista) - Apelo aos conservadores - Síntese subjetiva - Correspondência |
Frases
- "Muito mais do que o interesse é o
orgulho que nos divide ".
-"Os céus proclamam a glória de Kepler e Newton ". - "Conhecimento é poder." - "Só os bons sentimentos podem vir juntos, os juros nunca forjou uma ligação duradoura. " - "Viver para os outros é não somente um ato de dever, mas também um ato de felicidade |
Karl Marx: Cria o conceito da
Dialética (um ciclo histórico contínuo de "problema", "sugestão
de solução" e consequente
"solução do problema"). Analisa profundamente a questão do trabalho e
das classes sociais. Diz que a "superestrutura" (ideologia, moral, política,
religião, leis, etc) deriva da "estrutura" (economia). Conceito de
alienação (o trabalhador é dominado pelo próprio trabalho, pois não é dono do
resultado final). Diz que o comunismo é solução para se obter uma vida livre e
"não-alienada". Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de renda justa e
equilibrada, o economista, cientista social e revolucionário socialista alemão
Karl Heinrich Marx, nasceu em 1818, cursou Filosofia, Direito e História nas
Universidades de Bonn e Berlim e foi um dos seguidores das ideias de Hegel. Ideias
marxistas - Marx foi expulso da maior parte dos países europeus devido
ao seu radicalismo e envolvimento com comunismo e ataque que fazia ao sistema
capitalista. Segundo este economista, o capitalismo era o principal
responsável pela desorientação humana. Ele defendia a ideia de que a classe
trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e
aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema que, segundo ele, era o
maior responsável pelas crises que cada
vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais, por isso pregava a
luta armada. Marx também participou de organizações clandestinas com operários
exilados, foi o criador da obra o Capital, livro publicado em 1867, que tem
como tema principal a economia. Seu livro mostra estudos sobre o acúmulo de
capital, identificando que o excedente originado pelos trabalhadores acaba
sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fica cada vez mais rica à custa do
empobrecimento do proletariado. Com a colaboração de Engels, Marx escreveu
também o Manifesto Comunista, onde não poupou críticas ao capitalismo. Marx faleceu na
Inglaterra, em 1883, deixando muitos seguidores de seus ideais. Lênin foi um deles, e, na União
Soviética, utilizou as ideias marxistas para sustentar o comunismo, que, sob
sua liderança, foi renomeado para marxismo-leninismo.
Émile Durkheim nasceu na ,França, 1858. É considerado, junto
com Max Weber, um dos fundadores da sociologia
moderna.
Viveu
numa família muito religiosa, seu pai era rabino. Porém optou por uma vida
secular. Foi opositor da educação religiosa e defendia o método científico como
forma de desenvolvimento do conhecimento. Procurou demonstrar que os fenômenos
religiosos tinham origem em acontecimentos sociais. Formou-se em Filosofia, foi professor de pedagogia e ciência social, e
estudioso de sociologia. Criou os conceitos de consciência individual e consciência
coletiva (um ser distinto da consciência individual e muito mais complexo). Diz
que os fatos sociais devem ser tratados como "coisas", ou seja,
estudados de forma mais científica, para se superar o senso comum. Conceitos de
solidariedade mecânica (sociedade simples e homogênea) e orgânica (sociedade
complexa). Émile
Durkheim: um dos pais da sociologia moderna
Principais
aspectos da teoria sociológica de Durkheim :
· Existem fenômenos sociais que devem ser analisados e demonstrados com técnicas especificamente sociais;
· A sociedade era algo fora e dentro do homem ao mesmo tempo, graças ao que se adotava de valores e princípios morais;
· As pessoas se educam influenciadas pelos valores da sociedade onde vivem;
· A sociedade está estruturada em pilares, que se manifestam através de expressões (conceito de estrutura);
· Divisão do trabalho social: numa sociedade cada indivíduo deve exercer uma função específica, seguindo direitos e deveres, em busca da solidariedade social. Desta forma, pode-se chegar ao progresso e avanço para todos.
Principais obras: - A divisão do trabalho social (1893) - As regras do método sociológico (1895) - O suicídio (1897)
- A educação moral (1902) - As formas elementares da vida religiosa (1912) - Lições de Sociologia (1912)
· Existem fenômenos sociais que devem ser analisados e demonstrados com técnicas especificamente sociais;
· A sociedade era algo fora e dentro do homem ao mesmo tempo, graças ao que se adotava de valores e princípios morais;
· As pessoas se educam influenciadas pelos valores da sociedade onde vivem;
· A sociedade está estruturada em pilares, que se manifestam através de expressões (conceito de estrutura);
· Divisão do trabalho social: numa sociedade cada indivíduo deve exercer uma função específica, seguindo direitos e deveres, em busca da solidariedade social. Desta forma, pode-se chegar ao progresso e avanço para todos.
Principais obras: - A divisão do trabalho social (1893) - As regras do método sociológico (1895) - O suicídio (1897)
- A educação moral (1902) - As formas elementares da vida religiosa (1912) - Lições de Sociologia (1912)
Max Weber
foi um importante sociólogo, jurista, historiador e economista. É
considerado um dos fundadores da sociologia moderna. Seus estudos mais
importantes estão nas áreas da sociologia da religião, sociologia política,
administração pública (governo) e economia. Nasceu na Alemanha, 1864.Diferencia julgamento
de valor (pensamento individual) e saber empírico (verdade dos fatos). Afirma
que é impossível reduzir a verdade em leis, pois conceitos genéricos carecem de
conteúdo. Explica sobre classes, poder e dominação, assim como a passagem do
pensamento humano da magia para a ciência e religião. Para ele a Sociedade é
entendida a partir do “conjunto das ações individuais”.
Ação
Social= comunicação com outros indivíduos; As normas e regras sociais são o
resultado do conjunto de ações individuais.
Principais realizações
- Estudos nos campos da economia, sociologia política, religião e
administração pública.
- Prestou consultoria aos negociadores da
Alemanha no Tratado de Versalhes.
- Prestou consultoria à comissão que redigiu a
Constituição de Weimar.
Principais obras- - A Ética Protestante e o espírito do capitalismo (1903) - Estudos sobre a Sociologia e a Religião
(1921) - Estudos de Metodologia
(1922)
- Política como vocação
Frases
- "Regra é, antes de tudo gestão da vida
cotidiana."
- "Não se teria
jamais atingido o possível, se não se houvesse tentado o
impossível."
RESPONDA:
- O
que significava o “ver para crer” de Augusto Comte?
- Quais
são as três fases da humanidade, segundo Comte?
- Como
é o estado positivo de Comte?
- O
que é Dialética?
- Por
que Marx diz que o trabalhador é alienado?
- Para
Marx, como seria a sociedade comunista?
- Por
que Marx dizia que o capitalismo era o principal responsável pela
desorientação humana?
- Como
Marx achava que deveria ser a luta do comunismo contra o capitalismo?
- Segundo
Marx, que sistema econômico responsável pelas diferenças sociais?
- Qual
o tema do livro O Capital, de Karl Marx?
- Segundo
Marx, quem fica com o excedente originado pelo trabalho?
- Qual
o tema do livro de Marx e Engels, O manifesto Comunista?
- Qual
a justificativa de Durkheim para se opor á educação religiosa?
- Segundo
Durkheim, o que cada indivíduo deve fazer para buscar uma solidariedade
social e conseguir o avanço de todos?
- Cite
as principais obras de Durkheim.
- Quais
as Principais obras de Max Weber?
- Por
que Émile Durkheim dizia que os fatos sociais devem ser tratados como
"coisas"?

O QUE SÃO ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP)?
EIXOS
TEMÁTICOS- TERRA, VIDA E TRABALHO – 2º ANO – 3º BIMESTRE- Profª Mª Cristina M. de Carvalho
O QUE SÃO ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
(APP)?
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;
Áreas de preservação permanente (APP), assim como as Unidades de
Conservação, visam atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um
"meio ambiente ecologicamente equilibrado", conforme assegurado
no art. 225 da Constituição. No entanto, seus enfoques são diversos:
enquanto as UCs estabelecem o uso sustentável ou indireto de áreas
preservadas, as APPs são áreas naturais intocáveis, com rígidos limites de
exploração, ou seja, não é permitida a exploração econômica direta.
As atividades humanas, o crescimento demográfico e o crescimento
econômico causam pressões ao meio ambiente, degradando-o. Desta forma,
visando salvaguardar o meio ambiente e os recursos naturais existentes nas
propriedades, o legislador instituiu no ordenamento jurídico, entre outros,
uma área especialmente protegida, onde é proibido construir, plantar ou
explorar atividade econômica, ainda que seja para assentar famílias
assistidas por programas de colonização e reforma agrária.
Somente órgãos ambientais podem abrir exceção à restrição e autorizar
o uso e até o desmatamento de área de preservação permanente rural ou urbana
mas, para fazê-lo, devem comprovar as hipóteses de utilidade pública,
interesse social do empreendimento ou baixo impacto ambiental (art. 8º da Lei
12.651/12).
As APPs se destinam a proteger solos e, principalmente, as matas ciliares. Este tipo de
vegetação cumpre a função de proteger os rios e reservatórios de
assoreamentos, evitar transformações negativas nos leitos, garantir o
abastecimento dos lençóis freáticos e a preservação da vida aquática.
O Código Florestal atual, no seu art. 4º, estabelece como áreas de
preservação permanente:
I - as faixas marginais de qualquer curso d'água natural perene e
intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular,
em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d'água de menos de 10 (dez)
metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d'água que tenham de 10 (dez)
a 50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d'água que tenham de 50
(cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d'água que tenham de 200
(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d'água que tenham largura
superior a 600 (seiscentos) metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com
largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d'água com
até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50
(cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
|
III - as áreas no entorno dos reservatórios d'água artificiais,
decorrentes de barramento ou represamento de cursos d'água naturais, na faixa
definida na licença ambiental do empreendimento;
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d'água perenes,
qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta)
metros;
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°,
equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de
mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extensão;
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do
relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima
de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a
partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima
da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano
horizontal determinado por planície ou espelho d'água adjacente ou, nos
relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros,
qualquer que seja a vegetação;
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura
mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e
encharcado.
Como visto acima, os limites das APPs às margens dos cursos d'água
variam entre 30 metros e 500 metros, dependendo da largura de cada um. Entre
as mudanças introduzidas pelo Código atual esta é das mais controversas:
embora mantenha as mesmas distâncias do Código revogado, ele inicia a medida
a partir da calha regular (isto é, o canal por onde correm regularmente as
águas do curso d'água durante o ano) dos rios e não mais a partir do leito
maior (a largura do rio ao considerar o seu nível mais alto, isto é, o nível
alcançado por ocasião da cheia sazonal). Isto significou uma a efetiva
redução dos limites das APPs às margens de cursos d'água, uma vez que a nova
medida ignora as épocas de cheias dos rios. Dado que o regime fluvial varia
ao longo do ano, a calha será menor nos meses secos que nos meses chuvosos.
Além das áreas descritas acima, ainda podem ser consideradas nesta
categoria, quando assim declaradas de interesse social por ato do Chefe do
Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de
vegetação destinadas à contenção da erosão do solo e mitigação dos riscos de
enchentes e deslizamentos de terra e de rocha; à proteção as restingas ou
veredas; à proteção de várzeas; ao abrigo de exemplares da fauna ou da flora
ameaçados de extinção; proteção de sítios de excepcional beleza ou de valor
científico, cultural ou histórico; formar faixas de proteção ao longo de
rodovias e ferrovias; assegurar condições de bem-estar público; auxiliar a
defesa do território nacional, a critério das autoridades militares; proteger
áreas úmidas, especialmente as de importância internacional (art 6º).
|
Responda no caderno (copie as perguntas)
1) Segundo o atual Código Florestal, Lei nº12.651/12, o que são Áreas
de Preservação Permanente (APP)?
2) O que visam as Áreas de preservação permanente (APP), assim como
as Unidades de
Conservação (UCs)?
3) Quais são os enfoques das (UCs) e das (APPs)?
|
4) Visando salvaguardar o meio ambiente e os recursos naturais
existentes nas propriedades, o que o legislador instituiu no ordenamento
jurídico?
5) A que se destinam as
APPs?
6) O que são matas
ciliares?
|
O QUE É RESERVA LEGAL?
O atual Código Florestal define
a Reserva Legal como:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa;
A reserva legal é a área do imóvel rural que, coberta por
vegetação natural, pode ser explorada com o manejo florestal sustentável, nos
limites estabelecidos em lei para o bioma em que está a propriedade. Por
abrigar parcela representativa do ambiente natural da região onde está
inserida e, que por isso, se torna necessária à manutenção da biodiversidade
local.
No Brasil, a Constituição da República garante a todos o
direito tanto a um meio ambiente diverso e sustentável, como o direito ao
desenvolvimento econômico. Não é difícil perceber que a busca da realização
de um destes direitos pode vir a conflitar com o outro. O instituto da
Reserva Legal é mais um dos instrumentos pelos quais o legislador brasileiro
busca criar uma ponte entre estes dois interesses fundamentais.
O primeiro conceito de Reserva Legal surgiu em 1934, com o
primeiro Código Florestal.
Foi atualizado em 1965, na Lei Federal nº 4.771 (o
Código Florestal recentemente revogado) que dividia as áreas a serem
protegidas de acordo com as regiões, e não pelo tipo de vegetação como é no
atual Código. Fixava um mínimo de 20% a ser mantido nas "florestas de
domínio privado" na maior parte do país, ressalvando uma proibição de
corte de 50% nas propriedades "na região Norte e na parte Norte da
região Centro-Oeste".
|
Hoje, como visto anteriormente, o conceito é mais
restritivo. A Reserva Legal, que junto com as Áreas de Preservação
Permanente tem o objetivo de garantir a preservação da
biodiversidade local, é um avanço legal na tentativa de conter o desmatamento
e a pressão da agropecuária sobre as áreas de florestas e vegetação nativa.
Ambientalistas defendem a sua preservação, o setor produtivo argumenta se
tratar de intromissão indevida do Estado sobre a propriedade privada, o que
diminuiria a competitividade da agricultura e a capacidade de produção do
país.
O percentual da propriedade que deve ser registrado
como Reserva Legal vai variar de acordo com o bioma e a região em questão,
sendo: 80% em propriedades rurais localizadas em área de floresta na Amazônia Legal; 35% em propriedades
situadas em áreas de Cerrado na
Amazônia Legal, sendo no mínimo 20% na propriedade e 15% na forma de
compensação ambiental em outra área, porém na mesma microbacia; 20% na
propriedade situada em área de floresta, outras formas de vegetação nativa
nas demais regiões do país; e 20% na propriedade em área de campos gerais em
qualquer região do país (art. 12).
Cabe a todo proprietário rural o registro no órgão
ambiental competente (estadual ou municipal) por meio de inscrição no
Cadastro Ambiental Rural - CAR. As especificidades para o registro da reserva
legal vão depender da legislação de cada Estado. Uma vez realizado o registro
fica proibida a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão ou de
desmembramento, com exceção das hipóteses previstas na Lei (art. 18). Em
geral, nas áreas de reserva legal é proibida a extração de recursos naturais,
o corte raso, a alteração do uso do solo e a exploração comercial exceto nos
casos autorizados pelo órgão ambiental via Plano de Manejo ou, em casos de
sistemas agroflorestais e ecoturismo.
|
Responda
no caderno (copie as perguntas)
2) Quando surgiu o primeiro
conceito de Reserva Legal, e quando foi atualizado?
3) O que fixava este
código?
4) Hoje, qual é o conceito
de reserva Legal?
5) Qual o percentual da
propriedade que deve ser registrado como Reserva Legal?
|
6) Cabe a quem o registro
no órgão ambiental competente (estadual ou municipal) por meio de inscrição
no Cadastro Ambiental Rural – CAR?
7) Quais são as proibições
referentes às Reservas Legais?
|

2 de julho de 2017
RENASCIMENTO - ARTE- 1º ANO- 3º BIMESTRE- Profª Maria Cristina Madureira de Carvalho
Renascimento
Artístico
O Renascimento Artístico representou uma das
vertentes do período renascentista com a profusão de diversas obras.
Lembre-se que o Renascimento foi um movimento artístico, intelectual e
cultural que teve início no século XV na Itália.
Foi com o declínio do sistema feudal e de diversas caraterísticas
associadas ao período medieval, que surgiu a Renascença, um período de
efervescência cultural, artística e científica que se espalhou pela Europa.
Características:
Resumo
A Adoração dos Reis Magos (1475)
de Sandro Botticelli
Diferentemente da arte medieval, o
renascimento artístico esteve inspirado na antiguidade clássica, ou seja, nas
artes greco-romana, que haviam sido esquecida durante séculos.
Para os artistas do renascimento, o contexto
associado ao período medieval impossibilitou a evolução da arte em diversos
aspectos, uma vez que o medievo esteve intimamente relacionado à uma cultura
religiosa, donde o teocentrismo (Deus no centro do Universo) regia a vida das
pessoas.
Foi a partir do avanço científico, social e
cultural que surge o movimento do renascimento, o qual foi marcado sobretudo
pelo caráter humanista.
Assim, o teocentrismo medieval dá lugar ao
antropocentrismo renascentista, com a chegada da Idade Moderna.
A grande contribuição da arte renascentista
foi a descoberta da perspectiva e da profundidade. Assim, do plano reto e
bidimensional da arte medieval, a arte da renascença promoveu um outro olhar.
Outros aspectos, não menos importantes,
explorado pelos artistas do renascimento, foi o equilíbrio das formas e a busca
da harmonia, fundamentadas na arte clássica.
Vale lembrar que o renascimento artístico
incluiu a evolução da pintura, escultura, arquitetura e literatura, valorizando
aspectos humanos e da natureza.
Ainda que muitos temas explorados pelos
artistas do renascimento estejam associados ao plano religiosos e espiritual, a
mudança de mentalidade da época proporcionou incluir uma variedade de temáticas
desde os costumes, a mitologia, as paisagens, dentre outros.
Principais
Artistas e Obras
Segue abaixo os principais artistas e obras do
período renascentista, os quais foram grandes destaques na área da pintura,
arquitetura, escultura e literatura.
·
Leonardo da Vinci (1452-1519): sem dúvida
Leonardo foi um dos principais artistas do Renascimento. Pintor, escultor,
arquiteto e literato renascentista, de suas principais obras destacam-se: A Mona Lisa (La Gioconda), A Última Ceia,
A Virgem das Rochas e o Homem Vitruviano.
·
Michelangelo Buonarroti (1475-1564): pintor,
escultor, arquiteto e escritor renascentista, Michelangelo, considerado o
“Gigante do Renascimento”, destacou-se com a produção de sua escultura de David,
Pietá e Moisés e ainda, o afresco localizado no teto da Capela Sistina.
·
Donatello di Niccoló (1368-1466): escultor
italiano nascido em Florença, teve grande destaque na arte renascentista. De seus
trabalhos destacam-se as esculturas: David, Gattamelata, São Marcos e
Tabernáculo de São Jorge.
·
Sandro Boticcelli (1445-1510): pintor e
desenhista italiano, Boticcelli foi um dos principais nomes do renascimento
italiano. De suas obras destacam-se: O Nascimento de Vênus, Adoração dos Reis
Magos, Primavera e Virgem com o Menino e São João Batista Criança.
·
Rafael Sanzio (1483-1520): pintor italiano que
em suas obras, utilizou a técnica do contraste de luz e sombras, sendo
reconhecido como um dos principais nomes do movimento renascentista. De suas
obras merecem destaque as diversas pinturas de Madonas e O Casamento da Virgem.
·
Masaccio (1401-1428): pintor italiano considerado o primeiro
grande pintor do renascimento artístico. De suas obras merecem destaque:
Sagrada Trindade, A Natividade, Tríptico de San Giovenale e Expulsão do
Paraíso.
·
Filippo Brunelleschi (1377-1446): arquiteto e escultor italiano. Suas
principais obras arquitetônicas foram: Domo (cúpula) da catedral de Santa Maria
del Fiore, o Hospital do Inocentes, o Palácio Pitti e a Capela Pazzi.
·
Tintoretto (1518-1594): Jacopo Comin, mais conhecido como
Tintoretto, foi um pintor italiano da última fase do renascimento artístico
(denominada dealto renascimento). Considerado precursor do movimento do
barroco, suas obras mais notáveis são: Marte e Vénus surpreendidos por Vulcano,
O Milagre de São Marcos, A Última Ceia e São Jorge lutando contra o Dragão.
·
Paolo Veronese (1529-1588): pintor italiano pertencente à última
fase do renascimento, a obra de Veronese abrange aspectos da escola maneirista.
De suas pinturas mais notáveis destacam-se: As Bodas de Caná, A Batalha de
Lepanto, O Sacrifício de Isaac e Adoração pelos Magos.
·
Andrea Mantegna (1431-1506): pintor e gravador italiano, Andrea
contribuiu com a técnica do ilusionismo espacial. De suas principais obras
merecem destaque: Quarto dos esposos, Lamentação sobre Cristo Morto, Judite e
Holofernes e A Circuncisão de Jesus.
·
Fra Angelico (1387-1455): Guido di Pietro Trosini, mais
conhecido pelo nome Fra Angelico foi um pintor italiano, beatificado pela
Igreja Católica em 1982. Um dos precursores da pintura renascentista,
destacou-se com suas obras: O Juízo Final, Adoração dos Reis Magos, A
Anunciação e A Coroação do Virgem.
·
Donato Bramante (1444-1514): arquiteto e pintor Bramante foi discípulo de
Andrea Mantegna. Contribuiu para as construções arquitetônicas da Igreja de São
Pedro em Montorio e da Basílica de São Pedro. Na pintura, merecem destaque as
obras: Cristo na Coluna e Homens de Armas.
·
Dante Alighieri (1265-1321): escritor italiano, considerado um dos
primeiros e dos maiores escritores de língua italiana. Além da literatura foi
um estadista e político da época da renascença. De suas obras merece destaque: A Divina Comédia, Sobre a Eloquência
Vernácula, Vida Nova e Monarquia.
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Francesco Petrarca (1304-1374): escritor
italiano considerado o "Fundador do Humanismo Renascentista" e
criador da forma fixa literária, os sonetos. De suas obras destacam-se:
Cancioneiro e o Triunfo, Meu Livro Secreto, Itinerário para a Terra Santa e
Remédios para os Trancos e Barrancos.
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Giovanni Bocaccio (1313-1375): escritor e humanista italiano, Bocaccio
foi um estudioso da obra de Dante. Sua principal manifestação literária é sem
dúvida “Decameron”, grande obra que inclui cerca de 100 novelas. Além dela
merecem destaque: Mulheres famosas, Rima e Visão Amorosa.
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Nicolau Maquiavel (1469-1527): escritor,
historiador e político italiano, Maquiavel foi um dos grandes nomes da
literatura renascentista. Considerado o “Pai do Pensamento Político Moderno”
sua principal obra é “O Príncipe”
que aborda sobre o tema da unificação italiana.
Mapa Conceitual
Assista o vídeo a seguir:😉
Aprofunde ainda mais o seu conhecimento sobre o Renascimento:😉

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